quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Frankenstein: Ensinando Ciência Através da Arte





O objetivo deste projeto é a divulgaçao científica através do teatro. O Grupo de teatro científico "Ciência na Cabeça" traz, na sua terceira montagem, o espetáculo "Frankenstein: a ciência no diva". Formado por alunos de diversas áreas do conhecimento da graduaçao e pós-graduaçao da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenado pelo professor Dr. Alfredo Luis Mateus (COLTEC-UFMG), o grupo apresenta uma adaptaçao bem humorada do clássico de Mary Shelley, Frankenstein. O espetáculo traz experimentos e discussoes que abordam assuntos de física, química e biologia, utilizando a linguagem do teatro. Esse trabalho tem contribuído para a formaçao acadêmica dos seus integrantes por meio de atividades em grupo, tais como as oficinas de cenário, roteiro e experimentos e também pelo caráter interdisciplinar do projeto. Mostrando o lado lúdico da ciência, esse trabalho, mostra uma nova forma de ver ciência e já atingiu um público estimado de 2.500 pessoas num período de 3 meses de apresentaçoes em congressos na área de educaçao e ciência e para grupos escolares dentro do campus da Universidade.


ACESSE O LINK DO TRABALHO http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvi/sys/resumos/T0351-1.pdf


A Relação Homem e Sociedade em Frankenstein V

CONCLUSÃO

                       Discorrendo sobre a socialização, que é a necessidade que o homem tem de está na sociedade. Dr. Frankenstein priva a Criatura desses direitos de ser sociável. Esse é cheio de virtude mas sem a sociedade é infeliz. O homem por mais rude que seja precisa da sociedade, sem essa socialização não faz parte da realidade:
                       Esses, em linhas gerais, os argumentos que sustentam a conclusão de que a sociedade é um fato natural, determinado pela necessidade que o homem tem da cooperação de seus semelhantes para a consecução dos fins de sua existência. Essa necessidade não é apenas de ordem material, uma vez que, mesmo provido de todos os bens materiais suficientes à sua sobrevivência, o ser humano continua a necessitar do convívio com os semelhantes. (DALLARI,1995,p.9)
                       Por isso defendemos que o Dr. Victor não proporciona o direito de socialização do monstro, porque seu problema também é familiar e adotar o discurso da família é também adotar um discurso sobre a sociedade, sendo a família uma pequena sociedade.
                       Então não se pode falar no homem como um ser isolado devemos sempre pensar nele como um ser sociável, pois essa socialização é para ele condição essencial de vida. Consciente desta necessidade de convívio social deseja e procura favorecê-la.
                       A Criatura é violenta, porém isso foi imposto pela sociedade, por que ele em estado natural é confiante, afetuoso e pacífico, então o que é violento é o social e não o natural.

Fonte ( http://migre.me/2jOx0 )

A Relação Homem e Sociedade em Frankenstein IV

RELACIONADO AO MONSTRO

A Criatura em seu estado natural tinha bons sentimentos. Queria ajudar o próximo, tinha afeição com as pessoas. Precisava apenas de carinho e atenção daquele que tinha lhe dado a vida. Porém esse foi o primeiro a repudiá-lo. Em seguida vem a não aceitação da sociedade.
Victor Frankenstein desfruta de uma vida familiar que não proporciona ao monstro, que chega inocente no mundo e encontra dor e abandono. Devido à extremosidade monstruosa, não tinha como a sociedade aceita-lo como seu igual, a menos que conseguisse enxergá-lo para além da aparência. A criatura tinha sensibilidade e senso ético. Isso fica evidenciado no episódio em que ele ajuda a família dos De Lacey na tarefa de apanhar lenha. Este sempre foi maltratado e desprezado pala sociedade. Diante de tanta injustiça e incompreensão, revoltou-se a assassinou criaturas inocentes, fazendo seu criador cair em desgraça.
Fazemos uma analogia entre o monstro e as crianças. Ambas são indefesas e recebem influência do meio em que vivem, precisam de orientação para diferenciar o bem do mau, porque se as deixarmos descobrirem sozinhas corre o risco de que estas aprendam de maneira errônea. A postura de Victor diante de sua obra é de desprezo, ele tem um verdadeiro repúdio para/com a Criatura, fazendo assim com que a mesma se torne uma pessoa revoltada que comete vários crimes por vingança.A sociedade também tem sua parcela de culpa na marginalização da Criatura, por não aceitar este só porque ele era diferente de todos fisicamente. Vemos o desprezo da sociedade por tudo que é diferente, um verdadeiro "pré-conceito". 

A Relação Homem e Sociedade em Frankenstein III

RELACIONADO A VICTOR FRANKENSTEIN

Dr. Victor tinha boas intenções, queria descobrir a origem vital latente em todas as coisas vivas, desse modo significava poder dominar tal princípio e dar-lhe uma finalidade. Essa finalidade para ele era criar um homem resistente a todas as mazelas "banir a doença do coração humano, tornando o homem invulnerável a todas as mortes, salvo a provocada pela violência..." então, ele "seria o criador de uma nova espécie, seres felizes, puros..." que lhe deveriam a própria existência (SHELLEY, 2007: p. 41-56). Victor Frankenstein ao repudiar à sua obra estava apenas refletindo as idéias da sociedade. Cresceu em volta de pessoas que nunca aceitavam o "diferente".
Analisando Frankenstein na visão que o Rousseau tem sobre o homem, podemos dizer que ele foi mais um corrompido pela sociedade, e neste sentido a Ciência destruiu a vida do Dr. Vamos de encontro às doutrinas do Filósofo que diz que a Ciência e a Arte corrompem a vida do ser humano. O Victor na busca incessante pelo desconhecido traz todas as desgraças para sua vida. O que Ele aprendeu na escola não era suficiente ele queria mais, queria ir além, fazer descobertas que superasse todas até então mostradas à sociedade, e de certa forma foi influenciado por cientistas. Contudo Victor fez mal uso da Ciência, e esta quando usada de maneira inadequada pode trazer danos irreparáveis a sociedade. Se por um lado a ciência nos trouxe tantas soluções também acometeu-nos uma série de problemas. Temos como exemplo a crescente poluição provocada pelas indústrias e máquinas, fruto da inteligência e incessante busca de conhecer do homem.

A Relação Homem e Sociedade em Frankenstein II

RELACIONADO A MARY SHELLEY

A história de Frankenstein teve início no verão de 1816, quando a escritora e seu marido Percy reuniram-se com Claire Clairmont e Lord Byron em Genebra (Suiça). Byron propõs um desafio para os que ali estavam, escrever uma história de terror, e foi daí que nasceu Frankenstein. Romance filosófico que recebeu influências simultâneas do pai e da mãe da escritora.
É uma obra carregada de denúncias sociais, retrata a trajetória de um personagem que foi privado de afeição e generosidade e através disso, foi jogado para o "nada social". Sendo a distinção social regulada idealmente pelo mérito da riqueza e da educação, mudou o quadro do antigo regime, onde a sociedade era hierarquizada por critérios estamentais. Nesse sentido, a forma de se configurar as relações de interdependência entre indivíduos mudou completamente. Então a obra denuncia que o progresso material nãopode vir atrelado a exclusão social.
O monstro de Mary Shelley não é um homem, mas um ser sem identidade, sem espécie, abandonado no mundo, privado de afeição e condenado a nunca fazer parte da sociedade que vive da aparência, da riqueza e do mérito do nome. Esta seria incapaz de ver nele, além da aparência externa, uma beleza interior a ser cultivada e trabalhada para melhorias, não cultivava a sensibilidade de que todas as pessoas devem ser tratadas como partes de uma mesma dignidade. Nessa linha de raciocínio o monstro é mais miserável do que qualquer outro homem miserável, pois para ele não há chance de afeição, nem mesmo de seu criador, o cientista Victor Frankenstein. A Criatura não ousava nem a dizer quem era eu, dizia apenas o que era eu. Não era digno de consideração afeição.

A Relação Homem e Sociedade em Frankenstein I

INTRODUÇÃO
Baseado na obra de Mary Shelley – Frankenstein - e nos filósofos Hobbes, Locke e Rousseau, pôde ser constatado que o homem não necessariamente é por natureza um ser mau mas, a sociedade com seus modelos e regras convencionados como corretos podem torná-lo, caso não se adéqüe a tais modelos e regras. O "Monstro" por não possuir uma estética adotada como bela pela sociedade foi discriminado e o sentimento de rejeição tornou-o uma pessoa revoltada que acaba cometendo vários crimes.
Partindo do pressuposto de que o "estado natural" não tinha lei. O homem natural viu a necessidade de criar um homem artificial que exercesse de maior poder, para que não generalizasse a guerra entre eles, por não saber o desejo do próximo o ser humano atacava para não ser atacado. Assim foi criado o Estado.
Disso tudo resulta o conceito de Estado, como 'uma pessoa de cujos atos se constitui em autora uma grande multidão, mediante pactos recíprocos de seus membros, com o fim de que essa pessoa possa empregar a força e os meios de todos, como julgar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comuns'. O titular dessa pessoa se denomina Soberano e cada um dos que o rodeiam é seu súdito.

Análise básica da obra

A bordando o tema da (re)criação do (super)homem, Mary Shelley cria um plano dramático de condenação para Frankenstein por pretender romper a barreira entre a vida e a morte.

A visão da natureza como exemplo perfeito de força vital pressupõe a existência do ciclo entre a vida e a morte, pois a vida brota da decomposição da matéria morta. Nesse sentido, tal ciclo não pode ser rompido e caso seja, estaríamos diante de um novo paradigma, algo estranho a tudo existente em matéria de saber, normas, valores e convenções. Tal é a condição existencial de um monstro. O monstro é o sinal de que algo dentro de uma sociedade vai mal. No entanto, longe de contemplarem a si mesma na imagem do monstro, a sociedade tende geralmente a criar fronteiras (reais ou simbólicas) para projetar nele os seus males.

Para enfrentar problemas relacionados à fome, doenças infecto-contagiosas, à pauperização do espaço urbano e à formação de um número crescente de pessoas inclassificáveis (nesse sentido, “massa”), as elites governantes européias do século XIX criaram as suas próprias versões prometéicas de reforma e aperfeiçoamento dos espaços rurais e urbanos. Nessa trajetória, o novidade do século XIX foi firmar cada vez mais o discurso médico-científico como voz de autoridade na forma de se conceber “remédios” e “profilaxias” para a questão social. Assim, a questão social – muitas vezes tratada como uma “questão sanitária” – recebeu um tratamento elitista insensível a um justo equilíbrio entre meios e fins. Ora, pretender criar uma nova espécie de homem – nascida de um plano cientificamente traçado por um especialista – que fosse resistente à morte por doenças e privações materiais poderia até romper a barreira entre a vida e a morte, como pretendera Frankenstein, mas manteria sem abalos as fronteiras sociais. Entretanto, tal como as massas pauperizadas da modernidade, o monstro tem consciência, sensibilidade e migra para o “mal e a vingança” quando é privado de afeto por ter uma aparência pouco atrativa.
No primeiro terço do século XIX, a sensibilidade romântica não tolera um mundo que se torna monocromático e afetado por regras que impedem o livre desenvolvimento do conhecimento e da sensibilidade. Nesse sentido, ela se inscreve em larga medida na superação do ideal clássico como paradigma, buscando mais diversidade de cores e objetos, pois possibilitam ao homem aprender novas coisas e aperfeiçoar as antigas. Os escritos orientalistas deram aos românticos um repertório de imagens-conceito para onde projetar seus sonhos de reforma da civilização européia. No desenvolvimento da história de Mary Shelley, Clerval aparece como aquele que ajuda seu combalido amigo Frankenstein a recuperar o seu “verdadeiro eu”, perdido depois de uma longa e voluntária privação de luz, cores e sensibilidade em meio às trevas de dois anos de seu projeto prometéico.

Contexto histórico e movimento literário da obra

O livro Frankenstein de Mary Shelley foi produzido quando a burguesia estava em ascensão no processo de transição entre o feudalismo e o capitalismo, ocorrendo na Europa a Revolução Industrial. Foi o período do século das luzes onde as pessoas criaram um sentimento de liberdade, uma época marcante de grandes revoluções.
Na obra é perceptível esse desenvolvimento tecnológico em que grande parte do mundo estava inserido, como na química, na mecânica, na ótica, criações através de experimentos. A autora faz uma crítica aos valores da nova classe dominante: a burguesia, “A ambição desmedida é o valor moral mais questionado”.
Isso tudo se resume com a criação do monstro, que de forma fictícia e surreal Mary Shelley critica muitos valores que eram pré-estabelecidos e aceitados pela sociedade. Ela foi contra a regra já que as mulheres ainda sofriam preconceitos quando eram expostas com idéias que contradiziam a época. Mais o livro foi bem aceito e foi um sucesso na época em que foi publicado
A obra está inserida na passagem do Romantismo para Literatura Gótica, que tinha como características a produção culta, científica e histórica. O uso da psicologia do terror (o medo, a loucura, a deformação do corpo), o imaginário sobrenatural (fantasmas, demônios, monstros), discussões políticas e filosóficas, cenários medievais, personagens melodramáticos (donzelas, vilões, criados). A literatura gótica é representada por uma mescla entre a imaginação e a realidade e apresenta um exagero nas emoções.

Um pouco mais sobre a obra e a autora

A presença da autora no livro:

O nome do livro, Frankenstein, originou-se de uma importante família da Silésia (a Silésia é uma região histórica dividida entre a Polônia, República Checa e a Alemanha).  Durante uma de suas viagens com o marido, Mary conheceu a família com este sobrenome e utilizou-o. A tal família é comparada por muitos como a família a qual Frankenstein se apega no livro.
Ocorre uma crítica feminista em Frankenstein, que não abrange somente a existência de uma natureza feminina submissa por uma ciência masculina, mas também pode ser detectada nos papéis desempenhados pelas mulheres no romance. São mulheres secundárias, com características semelhantes, todas respeitavam a hierarquia patriarcal. Todas encarnam, assim, uma idéia de mulher totalmente abnegada e auto-sacrificada.
            O cenário do livro sofreu grandes influências das viagens que Mary e seu marido pela Europa, sendo que a obra foi escrita em uma casa de férias em Genebra, por este fato o cenário do Lago Léman e das montanhas são bem detalhados.
            Um de seus filhos Willian inspirou o nome para um dos irmãos de Victor Frankenstein. Dos 4 filhos que teve, 3 morreram.
Pode se perceber na obra algumas críticas ao iluminismo, esse pensamento pode se considerado uma afronta direta ao caráter romântico individualista de seu marido e as teorias políticas iluministas articuladas por seu pai.

A obra na época:

Atualmente a obra de Mary Shelley não causa tanto impacto como o causado quando foi lançado, para nós hoje, o livro é  um romance fictício voltado para o terror. Mas é preciso pensar no impacto causado na época de seu lançamento, pleno século XIX.
Em 1831, quando foi lançada terceira e mais famosa edição de Frankenstein, a Europa estava em plena revolução de 30. E o pensamento machista e autoritário dominava ainda a mente da população; teoricamente era uma péssima época para uma mulher ousada lançar um livro de romance.
Mary Shelley, quebrou barreiras e seu livro fez sucesso. Servindo de inspiração para outras mulheres iniciarem suas publicações, como por exemplo, George Eliot, George Sand, e as irmãs Bronté.
Frankenstein também deu inicio a era gótica da literatura, se contrapondo a literatura racionalista e humanista da época. Pois ele mistura o romântico com o gótico, abordando temas sérios de uma maneira filosófica, fugindo muitas vezes do racional.
Muitos críticos dizem que a tensão entre o gótico e o romântico, entre o real e surreal foi espelhado na relação de Mary com seu marido, o poeta Percy Bysshe Shelley. A obra também é utilizada por muitos filósofos ao debaterem sobre até que ponto a perfeição humana pode chegar.
A obra passou por três edições, a primeira edição, publicada em 1818, por uma pequena editora londrina e não continha o nome da autora; foi publicado somente 500 copias e três volumes e sua repercussão foi baixa. Já em 1823 foi publicada a segunda edição que já continha um credito para a autora. Mas foi somente em 1831, pela editora Henry Colburn & Richard Bentley, que foi publicada a terceira e mais repercutida edição popular, que foi revisada pela autora e contendo um longo prefacio escrito por ela, relatando toda a gênese da historia. Essa edição é a mais usada para traduções no mundo.

A autora: Mary Wollstonecraft Shelley


Mary Shelley era filha de Mary Wollstonecraft, considerada uma das primeiras feministas e que, infelizmente, morreu dez dias após o nascimento da filha. Ela ficou conhecida pela publicação das obras “A Reivindicação dos Direitos da Mulher (1792)” e “Os Erros da Mulher”. O pai de Mary Shelley, William Godwin, era jornalista, escritor e teórico anarquista, considerado o precursor da filosofia libertária. Publicou a obra “Uma Investigação Concernente à Justiça Política” (1793) que o tornou famoso e mais algumas obras dentre as quais destacamos “As Coisas Como São” e “As Aventuras de Caleb Williams” (1794).
Mary Wollstonecraft Shelley (1797-1851) foi uma escritora inglesa do período romântico, além de editora e biógrafa. Tornou-se conhecida pela obra Frankenstein, o Prometeus moderno, de 1818. Shelley tinha 21 anos quando a obra foi publicada, embora tenha começado a escrever quando tinha apenas 18 anos. A história fala de um ambicioso jovem cientista que cria um monstro, por ele depois rejeitado. Entre Durante a infância, Mary Shelley foi educada entre os intelectuais que participavam de seu círculo de amizades, como o crítico Hazlitt, o ensaísta Lamb, os poetas Coleridge e Percy Bysshe Shelley, com quem viria a casar mais tarde. Mary publicou seu primeiro poema aos 10 anos. Aos 16, ela fugiu para a França e Suíça com Shelley. Casaram-se em 1816, após o suicídio da primeira mulher de Shelley. Tiveram uma filha, que faleceu pouco depois em Veneza. Depois, voltaram à Inglaterra, onde nasceu o filho, William.
A história de Frankenstein começou no verão de 1816, quando Mary e Shelley reuniram-se com Claire Clairmont e Lord Byron em Genebra (Suíça). Ela aceitou o desafio, proposto por Byron, para escrever a mais terrível história de fantasmas. Com o encorajamento do marido, completou o romance em um ano. A primeira edição da obra, em 1818, tinha um prefácio não assinado de Percy Shelley e foi um imenso sucesso. No mesmo ano, os Shelley deixaram a Inglaterra, voltando à Itália, onde permaneceram até a morte do poeta Shelley, que afogou-se em 1822, na Baía de Spezia, próximo a Livorno. Nenhuma de suas outras obras (cerca de 30) obteve o mesmo sucesso que a primeira. Seus trabalhos mais tardios incluem Lodore (1835) e Faulkner (1937), Mathilde (de 1819, publicada em 1959), que traça as relações entre Godwin e Shelley.Valperga (1823) é um romance passado no século 14, e "O último homem" (1826) prevê o fim da civilização humana e a gradual destruição da raça humana através de uma praga. A história é narrada por Lionel Verney, que mora nas ruínas de Roma. As feministas interpretaram como sendo uma fantasia da corrosão total da ordem patriarcal.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Resumo

A história toda começa com uma série de cartas escritas por um explorador do  Ártico chamado Robert Walton, descrevendo os eventos ocorridos quando seu navio encalhou no gelo. Como estava há centenas de milhas de qualquer local habitado, a tripulação surpreende-se ao ver um homem de estatura aparentemente gigantesca num trenó. No dia seguinte, eles resgatam um segundo homem, quase congelado, e ofereceram a ele abrigo. Com a ajuda de Walton, o homem recupera-se um pouco.Temendo morrer, esse homem pede a Walton para ouvir e registrar a sua história,que explicava o que o levou àquele deserto gelado. A partir desse ponto, é o Dr.Victor Frankenstein, nascido em Genebra, Suíça, filho de uma ilustre família, quem começa a contar a história.

Quando criança, Victor teve contato com escritos de alquimistas, esquecidos desde o advento do racionalismo da era moderna. Quando ingressa na Universidade de Ingolstadt, Alemanha, ele combina seus estudos de ciências naturais com a sua antiga obsessão de descobrir o "elixir da vida". Ele cresceu com uma órfã, Elizabeth Frankenstein e mais dois irmãos. Victor Frankenstein não tinha amigos, Henry Clerval foi uma exceção.

Ele era particularmente fanático por matéria humana e o princípio da vida. Depois de quatro anos como estudante fanático, num laboratório isolado consegue reunir pedaços de corpos roubados de cadáveres do necrotério, do cemitério e da sala de dissecação da universidade. Victor pretendia dar vida à matéria morta e obtém sucesso na sua experiência, mas fica horrorizado com a coisa que havia criado, e foge do laboratório. Voltando lá no dia seguinte, percebe que a criatura tinha desaparecido.

Victor procura associar todo o acontecimento com um simples pesadelo, mas cerca de dois anos depois, recebe a notícia do assassinato de seu irmão William, de sete anos. A ama do menino foi acusada do crime.

Frankenstein intui, porém, a verdade: aquele monstro que ele criara é, de alguma forma responsável pela morte, mas ele não tem provas, e qualquer tentativa de afirmar isso faria com que o chamassem de louco.

Justine, a ama, é enforcada, e agora Frankenstein tem duas mortes na sua consciência. Buscando refúgio e isolamento, Frankenstein vai para os Alpes, e acaba se encontrando com a sua criação, que relata o que acontecera naqueles dois anos. Ao ser desertado por seu criador, a criatura aprendeu a viver nas florestas, até encontrar um lugar seguro perto de uma cabana habitada por um ancião cego e sua família.

Observando-os pelas frestas na paredes, familiariza-se com a vida em sociedade.Pegando livros escondido na cabana, ensina a si mesmo a ler, absorvendo a literatura romântica, bem como papéis de Victor Frankenstein, que ele carregara consigo na fuga do laboratório. A criatura finalmente ousa apresentar-se ao cego,que, não vendo sua aparência monstruosa, recebe-o simpaticamente. Mas quando a família do ancião retorna, reage com horror e expulsa o monstro.

Declarando-se inimigo da humanidade, a criatura viaja para Genebra, onde mata o irmão mais novo de Victor - ele o matou quando o menino se apresentou como um membro da família Frankenstein. Colocou então o menino no colo de uma jovem,que se encontrava adormecida. Esta era Justine, a ama, que foi sumariamente julgada e executada. O monstro então alcança seu propósito de reencontrar seu criador. Ele deseja uma companheira, tão medonha e deformada quanto ele próprio,que deveria ser criada por Victor.

Este, a princípio, recusa, mas apieda-se do ser, que clama sua solidão e garante que deixará a civilização para viver com sua companheira nas selvas da América do Sul. Com o juramento da criatura de deixar a Europa, Victor concorda com o terrível pedido.

A terceira parte do romance começa com Victor evitando cumprir a sua promessa feita ao monstro. Seu pai pressiona-o a se casar com sua namorada de infância,Elizabeth, e ele aceita. Antes, porém, ele viaja para fazer estudos adicionais. Vai para uma parte remota da Escócia, onde constrói um laboratório numa cabana isolada. Em todos os momentos ele sente a presença do monstro, que o avisara:Todos os seus movimentos seriam observados, até que a promessa da criação de sua companheira fosse cumprida.

Victor vislumbra, porém, as implicações da tarefa a que havia se disposto - ele teme que o monstro e sua esposa não iriam para o exílio, em vez disso, povoariam o mundo com demônios. Num ato de fúria ele destrói a criatura semi-construída em cima de sua mesa, e o monstro, que testemunhara o fato, promete: "Estarei contigo na tua noite de núpcias". Primeiro o monstro mata o amigo de seu criador, Henry Clerval, e, apesar de todas as precauções de Victor, estrangula Elizabeth em sua noite de núpcias. Tomado pelo ódio, Victor persegue a criatura, que foge em direção ao Norte. O monstro avisa: Pretende atraí-lo para "os eternos gelos do norte, onde você experimentará o tormento do frio e do gelo, o que para mim nada representam".

Quando os cães de seu trenó já estão morrendo e ele próprio agoniza, Victor é encontrado pelo Navio de Walton. Após contar a história, ele morre. Pouco depois,Walton encontra a gigantesca criatura na cabine, ao lado do corpo de Victor,lamentando por seu criador. Ele confessa a Walton seu ódio e sua culpa, e então foge, "saltando para a jangada que estava junto ao navio e logo depois foi impelido pelas ondas, perdendo-se na escuridão infinita.



PERSONAGENS

Victor Frankenstein

Victor nasceu em Genebra, era o filho mais velho de uma ilustre família. Como ele mesmo diz no romance, teve uma infância agradável graças a seus pais e Elizabeth.Mesmo sendo criança tinha um gênio forte, fortes paixões e uma sede de conhecimento. O seu primeiro interesse foi a poesia, depois teve alguma atenção nas ciências. Esse interesse rapidamente virou uma obsessão: ele dedicou-se completamente a aprender "os segredos do céu e da terra". Essa obsessão foi marcada pela mudança radical da sua personalidade e saúde. Só depois da criação do monstro que Victor começou a pensar sobre as conseqüências das suas ações.

A obsessão tinha cegado-o pelo o que tinha feito antes. Ele não tinha responsabilidade para o que estava acontecendo. Atualmente parecia querer esquecer tudo, mas é claro que o monstro não deixava.

Depois de o monstro contar toda sua estória, Victor sentiu sua dor. Ele sentiu-se responsável pela sua criação. O sentimento de pena pelo monstro desapareceu quando Elizabeth foi morta. A única coisa que Victor podia sentir era ódio.

Acostumado a criar vida a partir de matéria sem vida, agora se tornou culpado pela morte da sua família e amigos, e pela sua recém criação de vida: o monstro.

Rumo ao fim da vida, o ódio desapareceu. Contando a história de sua vida, ele assegurou-se que essa história era algo do passado e que serviria como um aviso para as gerações futuras. Disso deve ser concluído que o que ele fez foi errado eque finalmente ele se responsabilizou pelos seus atos.


Elizabeth Lavenza Frankenstein

Órfã ainda muito nova, Elizabeth morou com uma família camponesa Milane se antes de ser adotado pelo pai de Victor. Ela foi levada para Genebra onde foi criada como se fosse filha legítima. No momento que entrou na casa, Elizabeth quis tornar-se esposa de Victor. Victor sempre pensava em Elizabeth como "nenhuma palavra,nenhuma expressão pode descrever o tipo de relação que ela mantinha comigo -mais do que minha irmã, até a morte ela será só minha", portanto o casamento deles seria algo inevitável.

Uma limpa descrição da aparência de Elizabeth é dada quando os pais adotivos falam "essa criança era muito bonita, seus cabelos brilhavam como ouro, e apesar da pobreza de suas roupas, parecia que colocaram uma coroa em sua cabeça. Sua sobrancelha era limpa e larga, seus olhos azuis pareciam nuvens, e seus lábios e sua face moldada era expressão de sensibilidade e doçura que ninguém poderia imaginar sem ter olhado para ela; um ser divino, e carregando uma marca celestial em todas as suas qualidades." Todas as palavras para descrevê-la pode parecer um símbolo de bondade angelical.

Em outro ponto do romance encontramos outra descrição de Elizabeth: Era uma perfeita jovem de classe média, calma e concentrada, não prejudica ninguém, ama a poesia e é sempre leal com seus amigos e sua família.


Alphonse Frankenstein

Alphonse era o pai de Victor, um homem nobre, respeitado pela comunidade. Ele era muito protetor e leal com a sua família e amigos. Por exemplo, ele sempre esteve ao lado do filho quando foi acusado de assassinato, nunca questionou sua inocência. Ele adorava sua esposa Caroline. Alphonse era educado, extremamente bom e tinha um ótimo autocontrole.


Caroline Frankenstein

Caroline era uma pessoa extremamente carinhosa, que cuidava da doença do pai por vários meses. Seu trabalho era muito pesado, e várias vezes recebia muito pouco por ele. Depois de se casar com Alphonse, ela tornou-se a guardiã angelical da pequena fortuna. Ela era sensível e perdoava muito fácil as crianças, era uma perfeita mãe. A descrição de Caroline pode ser comparada com a de Elizabeth,ambas parecem ser imagens definidas da feminilidade em meados do século dezoito.


Henry Clerval

Henry era o único amigo de Victor. É difícil determinar exatamente porque eles eram bons amigos, pois era uma relação unilateral.


O Monstro

A terrível aparência do monstro, que não tinha nome, é descrita pelo seu criador: Ele é feito de várias partes de corpos diferentes, tinha pele amarela, "quase coberto de músculo e artérias", cabelo preto, dentes brancos e era muito feio, ele tinha os"lábios enrugados, pretos e largos". Tinha características suficientes para ser considerado um monstro. Sua aparência foi a causa de todos os problemas. As pessoas sentiam medo ao vê-lo. A incapacidade de contato pessoal e o resultado do isolamento foi que dirigiam o monstro aos seus crimes. Ele tinha tentado comunicar-se com as pessoas em várias ocasiões, mas sempre foi rejeitado.

Como já tinha perdido as esperanças, refugiou-se numa pequena casa perto da floresta, de propriedade de um homem chamado De Lacey. Ele (o monstro)observou os moradores da casa por alguns meses, aprendendo suas linguagens e seus hábitos, no entanto, continuava se isolando devido à sua aparência física: "Eu era sozinho por não ter ninguém como eu." Ele desejava carinho, proteção e companhia. Quando se convenceu de que De Lacey era bondoso, decidiu tentar fazer contato com ele. A conversa com o velho foi positiva, porque De Lacey era cego, e a aparência do monstro não podia influenciar a conversa.

Porém, outro membro da família retorna de surpresa, e ao ver o monstro, o expulsa da casa. Ainda assim, ele se recusa a pensar mal da família e culpa a si mesmo por.