quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Frankenstein: Ensinando Ciência Através da Arte





O objetivo deste projeto é a divulgaçao científica através do teatro. O Grupo de teatro científico "Ciência na Cabeça" traz, na sua terceira montagem, o espetáculo "Frankenstein: a ciência no diva". Formado por alunos de diversas áreas do conhecimento da graduaçao e pós-graduaçao da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenado pelo professor Dr. Alfredo Luis Mateus (COLTEC-UFMG), o grupo apresenta uma adaptaçao bem humorada do clássico de Mary Shelley, Frankenstein. O espetáculo traz experimentos e discussoes que abordam assuntos de física, química e biologia, utilizando a linguagem do teatro. Esse trabalho tem contribuído para a formaçao acadêmica dos seus integrantes por meio de atividades em grupo, tais como as oficinas de cenário, roteiro e experimentos e também pelo caráter interdisciplinar do projeto. Mostrando o lado lúdico da ciência, esse trabalho, mostra uma nova forma de ver ciência e já atingiu um público estimado de 2.500 pessoas num período de 3 meses de apresentaçoes em congressos na área de educaçao e ciência e para grupos escolares dentro do campus da Universidade.


ACESSE O LINK DO TRABALHO http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvi/sys/resumos/T0351-1.pdf


A Relação Homem e Sociedade em Frankenstein V

CONCLUSÃO

                       Discorrendo sobre a socialização, que é a necessidade que o homem tem de está na sociedade. Dr. Frankenstein priva a Criatura desses direitos de ser sociável. Esse é cheio de virtude mas sem a sociedade é infeliz. O homem por mais rude que seja precisa da sociedade, sem essa socialização não faz parte da realidade:
                       Esses, em linhas gerais, os argumentos que sustentam a conclusão de que a sociedade é um fato natural, determinado pela necessidade que o homem tem da cooperação de seus semelhantes para a consecução dos fins de sua existência. Essa necessidade não é apenas de ordem material, uma vez que, mesmo provido de todos os bens materiais suficientes à sua sobrevivência, o ser humano continua a necessitar do convívio com os semelhantes. (DALLARI,1995,p.9)
                       Por isso defendemos que o Dr. Victor não proporciona o direito de socialização do monstro, porque seu problema também é familiar e adotar o discurso da família é também adotar um discurso sobre a sociedade, sendo a família uma pequena sociedade.
                       Então não se pode falar no homem como um ser isolado devemos sempre pensar nele como um ser sociável, pois essa socialização é para ele condição essencial de vida. Consciente desta necessidade de convívio social deseja e procura favorecê-la.
                       A Criatura é violenta, porém isso foi imposto pela sociedade, por que ele em estado natural é confiante, afetuoso e pacífico, então o que é violento é o social e não o natural.

Fonte ( http://migre.me/2jOx0 )

A Relação Homem e Sociedade em Frankenstein IV

RELACIONADO AO MONSTRO

A Criatura em seu estado natural tinha bons sentimentos. Queria ajudar o próximo, tinha afeição com as pessoas. Precisava apenas de carinho e atenção daquele que tinha lhe dado a vida. Porém esse foi o primeiro a repudiá-lo. Em seguida vem a não aceitação da sociedade.
Victor Frankenstein desfruta de uma vida familiar que não proporciona ao monstro, que chega inocente no mundo e encontra dor e abandono. Devido à extremosidade monstruosa, não tinha como a sociedade aceita-lo como seu igual, a menos que conseguisse enxergá-lo para além da aparência. A criatura tinha sensibilidade e senso ético. Isso fica evidenciado no episódio em que ele ajuda a família dos De Lacey na tarefa de apanhar lenha. Este sempre foi maltratado e desprezado pala sociedade. Diante de tanta injustiça e incompreensão, revoltou-se a assassinou criaturas inocentes, fazendo seu criador cair em desgraça.
Fazemos uma analogia entre o monstro e as crianças. Ambas são indefesas e recebem influência do meio em que vivem, precisam de orientação para diferenciar o bem do mau, porque se as deixarmos descobrirem sozinhas corre o risco de que estas aprendam de maneira errônea. A postura de Victor diante de sua obra é de desprezo, ele tem um verdadeiro repúdio para/com a Criatura, fazendo assim com que a mesma se torne uma pessoa revoltada que comete vários crimes por vingança.A sociedade também tem sua parcela de culpa na marginalização da Criatura, por não aceitar este só porque ele era diferente de todos fisicamente. Vemos o desprezo da sociedade por tudo que é diferente, um verdadeiro "pré-conceito". 

A Relação Homem e Sociedade em Frankenstein III

RELACIONADO A VICTOR FRANKENSTEIN

Dr. Victor tinha boas intenções, queria descobrir a origem vital latente em todas as coisas vivas, desse modo significava poder dominar tal princípio e dar-lhe uma finalidade. Essa finalidade para ele era criar um homem resistente a todas as mazelas "banir a doença do coração humano, tornando o homem invulnerável a todas as mortes, salvo a provocada pela violência..." então, ele "seria o criador de uma nova espécie, seres felizes, puros..." que lhe deveriam a própria existência (SHELLEY, 2007: p. 41-56). Victor Frankenstein ao repudiar à sua obra estava apenas refletindo as idéias da sociedade. Cresceu em volta de pessoas que nunca aceitavam o "diferente".
Analisando Frankenstein na visão que o Rousseau tem sobre o homem, podemos dizer que ele foi mais um corrompido pela sociedade, e neste sentido a Ciência destruiu a vida do Dr. Vamos de encontro às doutrinas do Filósofo que diz que a Ciência e a Arte corrompem a vida do ser humano. O Victor na busca incessante pelo desconhecido traz todas as desgraças para sua vida. O que Ele aprendeu na escola não era suficiente ele queria mais, queria ir além, fazer descobertas que superasse todas até então mostradas à sociedade, e de certa forma foi influenciado por cientistas. Contudo Victor fez mal uso da Ciência, e esta quando usada de maneira inadequada pode trazer danos irreparáveis a sociedade. Se por um lado a ciência nos trouxe tantas soluções também acometeu-nos uma série de problemas. Temos como exemplo a crescente poluição provocada pelas indústrias e máquinas, fruto da inteligência e incessante busca de conhecer do homem.

A Relação Homem e Sociedade em Frankenstein II

RELACIONADO A MARY SHELLEY

A história de Frankenstein teve início no verão de 1816, quando a escritora e seu marido Percy reuniram-se com Claire Clairmont e Lord Byron em Genebra (Suiça). Byron propõs um desafio para os que ali estavam, escrever uma história de terror, e foi daí que nasceu Frankenstein. Romance filosófico que recebeu influências simultâneas do pai e da mãe da escritora.
É uma obra carregada de denúncias sociais, retrata a trajetória de um personagem que foi privado de afeição e generosidade e através disso, foi jogado para o "nada social". Sendo a distinção social regulada idealmente pelo mérito da riqueza e da educação, mudou o quadro do antigo regime, onde a sociedade era hierarquizada por critérios estamentais. Nesse sentido, a forma de se configurar as relações de interdependência entre indivíduos mudou completamente. Então a obra denuncia que o progresso material nãopode vir atrelado a exclusão social.
O monstro de Mary Shelley não é um homem, mas um ser sem identidade, sem espécie, abandonado no mundo, privado de afeição e condenado a nunca fazer parte da sociedade que vive da aparência, da riqueza e do mérito do nome. Esta seria incapaz de ver nele, além da aparência externa, uma beleza interior a ser cultivada e trabalhada para melhorias, não cultivava a sensibilidade de que todas as pessoas devem ser tratadas como partes de uma mesma dignidade. Nessa linha de raciocínio o monstro é mais miserável do que qualquer outro homem miserável, pois para ele não há chance de afeição, nem mesmo de seu criador, o cientista Victor Frankenstein. A Criatura não ousava nem a dizer quem era eu, dizia apenas o que era eu. Não era digno de consideração afeição.

A Relação Homem e Sociedade em Frankenstein I

INTRODUÇÃO
Baseado na obra de Mary Shelley – Frankenstein - e nos filósofos Hobbes, Locke e Rousseau, pôde ser constatado que o homem não necessariamente é por natureza um ser mau mas, a sociedade com seus modelos e regras convencionados como corretos podem torná-lo, caso não se adéqüe a tais modelos e regras. O "Monstro" por não possuir uma estética adotada como bela pela sociedade foi discriminado e o sentimento de rejeição tornou-o uma pessoa revoltada que acaba cometendo vários crimes.
Partindo do pressuposto de que o "estado natural" não tinha lei. O homem natural viu a necessidade de criar um homem artificial que exercesse de maior poder, para que não generalizasse a guerra entre eles, por não saber o desejo do próximo o ser humano atacava para não ser atacado. Assim foi criado o Estado.
Disso tudo resulta o conceito de Estado, como 'uma pessoa de cujos atos se constitui em autora uma grande multidão, mediante pactos recíprocos de seus membros, com o fim de que essa pessoa possa empregar a força e os meios de todos, como julgar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comuns'. O titular dessa pessoa se denomina Soberano e cada um dos que o rodeiam é seu súdito.

Análise básica da obra

A bordando o tema da (re)criação do (super)homem, Mary Shelley cria um plano dramático de condenação para Frankenstein por pretender romper a barreira entre a vida e a morte.

A visão da natureza como exemplo perfeito de força vital pressupõe a existência do ciclo entre a vida e a morte, pois a vida brota da decomposição da matéria morta. Nesse sentido, tal ciclo não pode ser rompido e caso seja, estaríamos diante de um novo paradigma, algo estranho a tudo existente em matéria de saber, normas, valores e convenções. Tal é a condição existencial de um monstro. O monstro é o sinal de que algo dentro de uma sociedade vai mal. No entanto, longe de contemplarem a si mesma na imagem do monstro, a sociedade tende geralmente a criar fronteiras (reais ou simbólicas) para projetar nele os seus males.

Para enfrentar problemas relacionados à fome, doenças infecto-contagiosas, à pauperização do espaço urbano e à formação de um número crescente de pessoas inclassificáveis (nesse sentido, “massa”), as elites governantes européias do século XIX criaram as suas próprias versões prometéicas de reforma e aperfeiçoamento dos espaços rurais e urbanos. Nessa trajetória, o novidade do século XIX foi firmar cada vez mais o discurso médico-científico como voz de autoridade na forma de se conceber “remédios” e “profilaxias” para a questão social. Assim, a questão social – muitas vezes tratada como uma “questão sanitária” – recebeu um tratamento elitista insensível a um justo equilíbrio entre meios e fins. Ora, pretender criar uma nova espécie de homem – nascida de um plano cientificamente traçado por um especialista – que fosse resistente à morte por doenças e privações materiais poderia até romper a barreira entre a vida e a morte, como pretendera Frankenstein, mas manteria sem abalos as fronteiras sociais. Entretanto, tal como as massas pauperizadas da modernidade, o monstro tem consciência, sensibilidade e migra para o “mal e a vingança” quando é privado de afeto por ter uma aparência pouco atrativa.
No primeiro terço do século XIX, a sensibilidade romântica não tolera um mundo que se torna monocromático e afetado por regras que impedem o livre desenvolvimento do conhecimento e da sensibilidade. Nesse sentido, ela se inscreve em larga medida na superação do ideal clássico como paradigma, buscando mais diversidade de cores e objetos, pois possibilitam ao homem aprender novas coisas e aperfeiçoar as antigas. Os escritos orientalistas deram aos românticos um repertório de imagens-conceito para onde projetar seus sonhos de reforma da civilização européia. No desenvolvimento da história de Mary Shelley, Clerval aparece como aquele que ajuda seu combalido amigo Frankenstein a recuperar o seu “verdadeiro eu”, perdido depois de uma longa e voluntária privação de luz, cores e sensibilidade em meio às trevas de dois anos de seu projeto prometéico.